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O grande desafio da vida de educador era o “desnaturalizar”, suportar a dor da humana condição. Já dizia o poeta que, para passar além do Bojador, se teria de passar além da dor.
Me enviaram uma “árvore de Natal” feita de fotos de alguns insignes educadores brasileiros. Ousaram colocar-me na base da árvore. Grato, presumi que quisessem referir-se a mim, não como raiz, mas como um orgânico húmus.
2022 marcaria o princípio do fim de um pesadelo. Nesse ano, se comemorava o centenário do nascimento de Darcy Ribeiro.
O espírito de Darcy se fez presente, num breve encontro com excelentes educadores. Darcy regressava ali, onde se recuperava a sua memória.
As grandes escolas converteram-se em armazéns de alunos. O esforço de reflexão e mudança de alguns professores era anulado pelo usufruto de privilégios por parte de funcionários afetados por uma crônica “falta de tempo para reunir e debater o sistema”.
Havia gente assim, católicos que criam que a sua igreja era a única e verdadeira. E que todo o mundo celebrava o Natal.
O Teixeira era autista. Pois! E o que é que o rótulo ajudava? E, se o professor estava sozinho na sua sala, com os seus alunos e mais um autista, sozinhos estavam os colegas das outras salas com os seus alunos.
Entre os corredores do ministério e os gabinetes das secretarias passeava a corrupção intelectual e moral. Nas escolas, reinava o autoritarismo. Na Internet, a educação passava de direito para mercadoria.