07/02/2019
A série Sementes da Educação mostra como 13 instituições de ensino público e gratuito estão transformando a educação no país.
Com direção de Hygor Amorim e produção da OZ Produtora, os episódios aprofundam as particularidades dessas escolas e destacam o impacto positivo que causam nos estudantes e suas comunidades.
Lançada em 2018 e disponibilizada agora gratuitamente na plataforma Videocamp, Sementes da Educação é resultado de uma extensa pesquisa que envolveu, além da equipe da produtora, um time de especialistas, educadores e estudantes.
Segundo Hygor, ao conhecer de perto essas escolas, sua principal descoberta se deu em relação às pessoas. “Descobri que quem está à frente dessas iniciativas ‘virou uma chave’. São pessoas que notaram que a inovação depende de cada um, pois os desafios são os mesmos – dentro das especificidades e necessidades de cada local. Por isso elas são tão inspiradoras”, conta o diretor em conversa com o Movimento de Inovação na Educação.
Os casos abordados na série tratam desde o ensino fundamental até o universitário, percorrendo seis Estados brasileiros. Com exemplos tão diversos, Hygor explica haver um ponto em comum em todos eles. “O protagonismo. A autonomia e o empoderamento dos alunos e dos indivíduos são os grandes agentes que fomentam a inovação”, diz.
Saiba mais:
Mudança cultural
No entanto, de acordo com o diretor, a estrutura da escola precisa caminhar junto com o estudante e o educador. Para ele, essa jornada não será algo imposto. “É uma mudança cultural, que acontece em conjunto, de baixo para cima, com o envolvimento das comunidades”, afirma Hygor Amorim. “Temos ingredientes riquíssimos no país. O nosso povo se reinventa, é flexível, e precisa ser valorizado”.
Neste sentido, o diretor ressalta a importância do papel da comunicação ao dar voz à essas inovações. “A nossa função com a produção da série é inspirar, é valorizar iniciativas para que novas escolas se inspirem e comecem a se transformar também”, completa.
Confira a lista das escolas apresentadas em Sementes da Educação:
#1 Cieja Campo Limpo, de São Paulo (SP)
#2 Escola Canadá, de Viamão (RS)
#3 EMEF Guido Lermen, de Lajeado (RS)
#4 IFET Paraná – Campus Jacarezinho, de Jacarezinho (PR)
#5 Escola Maria Peregrina, de São José do Rio Preto (SP)
#6 EMEF Desembargador Amorim Lima, de São Paulo (SP)
#7 EM Acliméa Nascimento, de Teresópolis (RJ)
#8 Escola Municipal Cecília Meireles, de Nova Friburgo (RJ)
#9 EEEP Alan Pinho Tabosa, de Pentecoste (CE)
#10 Centro Municipal de Educação Infantil Hilza Diogo Cals, de Fortaleza (CE)
#11 Escola Pluricultural Odé Kayodê, de Goiânia (GO)
#12 Escola Janela, de Cavalcante (GO)
#13 UFABC, de Santo André (SP)
Sementes da educação e da valorização cultural
Seguindo neste princípio, Hygor adianta duas novidades da OZ Produtora.
Ainda este ano será lançada a animação Mytikah – O Livo dos heróis. A série conta a história de 13 personagens brasileiros que são “heróis de carne e osso”, como define o diretor, mas que ainda são pouco citados e merecem destaque.
Entre os personagens estão, entre outros, o geógrafo Milton Santos, um dos grandes nomes da renovação da geografia no Brasil, e Clara Camarão, considerada uma das precursoras do feminismo no Brasil.
Na série, os irmãos Manga e Leco conseguem entrar nas histórias do livro Mytikah. Lá eles conhecem os personagens, aprendem sobre seus contexto históricos e fazem observações e críticas bem-humoradas sobre a época e suas características. E não para por aí, pois os irmãos ainda ajudam os heróis a realizarem suas missões até conquistam uma relíquia que os leva de volta ao início do episódio.
Além disso, está em fase de produção a segunda temporada de Sementes de Educação, com 13 novos exemplos de iniciativas inovadoras. Dessa vez, o recorte temático será a educação além dos muros da escolas. “Muitas iniciativas incríveis ficaram de fora da primeira temporada, e agora, vamos retratá-las”, finaliza.
Hygor conta que sempre recebe retornos e mensagens de quem viu a série, principalmente professores. “Semana passada recebi o relato da diretora da Escola Canadá, de Viamão, no Rio Grande do Sul. Essa escola é o segundo episódio da série (veja trailer abaixo). Ela contou que a escola passou por um momento delicado, enfrentando resistências locais, e que o filme foi muito importante no processo de diálogo e resinificação da escola junto aos estudantes e familiares. Foi surpreendente e ficamos realmente felizes. É isso que faz valer a pena”, diz.