28/03/2022

Relatório aponta como organizações educativas inovam no Brasil

Nenhuma escola é igual à outra. Afinal, uma das premissas da inovação educativa é que a prática de uma escola ou rede deve estar orientada para atender aos desafios, necessidades e potências presentes na realidade local e de cada contexto escolar. Ainda assim, é possível apontar pontos comuns ou interseções nos caminhos trilhados pelas organizações educativas que estão inovando no Brasil?

A resposta é afirmativa, segundo o relatório “Como organizações educativas inovam – Ideias e visões sobre as suas próprias práticas“, fruto do trabalho investigativo de 29 organizações educativas escolares e não escolares, atuantes em áreas de vulnerabilidade social e participantes do programa Escolas2030.

Resultado do trabalho de pesquisa-ação desenvolvido ao longo de 2021 com o coletivo-pesquisador, o documento aponta consensos sobre o processo de inovação educativa nestes espaços, contrapondo-o ao modelo de educação escolar convencional. Para além disso, apresenta as diferentes percepções que as organizações educativas possuem em relação à variadas temáticas como avaliações educacionais externas e internas, caracterização das práticas inovadoras, avaliação dessas práticas e recomendações para políticas educacionais.

Entre os acordos, as organizações educativas do programa Escolas2030 consideram que há inovação quando ocorre: 1) alteração de métodos de ensino; 2) orientação à realidade local e resposta a necessidades do contexto escolar; 3) rompimento com práticas tradicionais de ensino; e 4) processo de atuação sociopolítica.

Além destas premissas, expressaram entendimentos e práticas comuns no âmbito das cinco dimensões da inovação incorporadas pelo Movimento de Inovação na Educação (MIE). Em relação à gestão, por exemplo, trabalham com a corresponsabilização na elaboração e gestão dos projetos político-pedagógicos e com processos decisórios incluindo o maior número possível de pessoas. Na dimensão do currículo, por sua vez, valorizam a abordagem integral e a incorporação das matrizes afroindígenas, bem como dos conhecimentos locais.

No que diz respeito à metodologia, priorizam o protagonismo dos estudantes para que produzam saberes e os problematizem a partir da prática e da diversidade de suas características e modos de estar no mundo.

E se o ambiente destas organizações educativas visam se estender por espaços de aprendizagem externos ao prédio escolar e fortalecer laços com a comunidade, a intersetorialidade aparece como uma peça-chave para realizar estas articulação de recursos entre setores do poder público e de organizações civis de maneira integrada.

O relatório ainda compartilha os principais desafios e aspirações deste grupo. No link, abaixo, é possível conferir todos os pontos na íntegra:

Confira o relatório “Como organizações educativas inovam – Ideias e visões sobre as suas próprias práticas”, na íntegra, aqui.

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