11/07/2019

Como usar vídeos para aprofundar o aprendizado

Os professores estão sempre se esforçando para mostrar mais quando apresentam aos alunos novas informações, conceitos e habilidades. Nesta perspectiva, a pesquisadora em educação Pauline Gibbons diz: “Aprofundar o currículo significa encontrar o maior número possível de maneiras para tornar as informações-chave compreensíveis.” E vídeos podem ser uma ótima ferramenta para ajudar neste processo.

Por que usar vídeos na educação?

1. Constroem conhecimento aprofundado sobre um tópico: sabemos que os alunos aprendem melhor quando recebem informações por meio de várias fontes – lendo, desenhando, ouvindo as explicações orais do professor e visualizando mídias. Também sabemos de muitas pesquisas que o uso de recursos visuais é fundamental para quem adquire um novo idioma. Exemplo: em uma aula de Inglês de nível um, os alunos estão trabalhando uma unidade sobre meteorologia, aprendendo palavras como furacão e tornado. O professor então passa um vídeo de cinco minutos que mostra exemplos de furacões e tornados e como os resultados deles são diferentes. Os alunos discutem o que viram no vídeo e escrevem frases usando o novo vocabulário.

2. Enriquecem o texto: quer estejam lendo uma narrativa de ficção ou não-ficção, os alunos se beneficiam da contextualização sobre o personagem, lugar ou objeto sobre o qual estão aprendendo com images. Assim, vídeos podem ajudá-los a visualizar um evento ou uma pessoa, enquanto definem o contexto histórico, político e social. Exemplo: uma aula de História está abordando um artigo sobre o movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos. Antes da leitura, o professor mostra um trecho do premiado documentário “A 13ª Emenda” de Ava DuVernay, que destaca a segregação e as condições restritivas do Sul americano no período pós-Guerra Civil. O aspecto visual e o áudio reforçam a leitura dos alunos, aprimorando sua compreensão.

3. Aprofundam e solidificam o aprendizado dos alunos: vídeos didáticos ou instrutivos para crianças estão prontamente disponíveis na Internet. Normalmente, com menos de sete minutos, isso pode servir para reforçar o que os alunos aprenderam ou estão aprendendo. O YouTube, por exemplo, fornece breves vídeos instrutivos sobre diferentes tópicos e assuntos acadêmicos. Exemplo: os alunos da quinta série têm escrito ensaios narrativos. Para isso, o professor forneceu instruções e uma dupla de ensaios de modelo. Enquanto eles fazem isso, ele adiciona à coletânea um vídeo de cinco minutos bem-humorado sobre os prós e contras da escrita narrativa contada por adolescentes vestidos como personagens famosos de contos de fadas.

Dicas para usar vídeos como ferramenta do aprendizado

Seja seletivo: um clipe pode ter um grande impacto, por isso, escolha as partes mais dinâmicas e reveladoras do filme, do segmento de notícias ou do documentário para mostrar aos alunos. Seja claro em relação ao seu propósito – isso te ajudará a determinar o que mostrar aos alunos.

Proponha uma missão: como podemos garantir que os alunos assistam ativamente? Proponha uma missão antes de reproduzir o vídeo. Por exemplo, “enquanto vocês assistem, quero que vocês prestem atenção em…”. Estabelecer uma meta para o que os alunos estão prestes a assistir os manterá responsáveis ​​e atentos.

Faça uma pausa para ponderar (e escrever): dê aos alunos tempo para refletir, pausando o vídeo. Evite que os alunos façam uma tarefa como escrever anotações ou responder perguntas enquanto assistem. Assista alguns minutos e depois pause o vídeo para pedir que discutam o que acabaram de ver, escrevam reflexões ou respondam a uma pergunta. Pausar a cada alguns minutos permite que os alunos processem o que estão visualizando, o que é especialmente valioso se for um vídeo repleto de informações.

Ative as legendas ocultas: os alunos podem ler junto enquanto assistem. Para vídeos repletos de conteúdo, considere incluir as transcrições, como um folheto ou cópia digital, especialmente se os alunos precisarão aplicar as informações que aprenderem com o vídeo.

Texto traduzido do site Edutopia

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