25/04/2023
Lançado nesta terça-feira (25/04) pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o Guia sobre Prevenção e Resposta à Violência às Escolas está disponível para download gratuito e reúne uma série de estratégias para a promoção da cultura de paz e para a prevenção e proteção das escolas de ataques.
“A responsabilidade de promover essas ações deve ser compartilhada com todas as pessoas – incluindo tomadores de decisão –, para que políticas de segurança escolar ou protocolos de segurança na escola sejam implementados de forma bem-sucedida nos diferentes territórios do país”, afirma Andressa Pellanda, coordenadora geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que coordenou a produção do guia, junto com a assessora de programa e políticas sociais, Marcele Frossard.
Nesta perspectiva, o material apresenta formas de prevenir a violência contra e entre estudantes; orientações para o planejamento sobre segurança nas instituições de ensino; elementos essenciais para intervenção e resposta imediata; estratégias para lidar com informações de ameaças; sugestões de ação após ataques; e orientações para plataformas digitais, jornalistas e produtores de conteúdo.
O objetivo é compilar informações, dados e links úteis de fontes confiáveis sobre prevenção e resposta à violência às escolas, além de elaborar recomendações para a garantia do direito da criança e do adolescente à educação e à proteção absoluta nesse contexto.
O material também orienta as comunidades escolares, famílias e profissionais das áreas de educação, proteção, segurança pública e tecnologia da informação sobre como construir elementos para poderem atuar em situações de ameaças e violência às escolas.
A maioria das intervenções apresentadas no guia também têm o potencial de gerar resultados positivos e produzir benefícios para além da mera redução dos perigos associados aos ataques às escolas. Os impactos positivos adicionais incluem reduzir as taxas de violência, tais como comportamentos perturbadores, assédio, intimidação, suicídio, e todas as outras formas de violência; aumentar a probabilidade de que crianças, adolescentes e jovens em sofrimento emocional ou sob estresse sejam identificados, acolhidos e encaminhados para tratamento especializado; e melhorar o ambiente de aprendizagem, reduzindo comportamento intimidador, perturbador e desrespeitoso.
“O guia não tem a pretensão de trazer respostas ou modelos de prevenção, mas sim sugestões de qualidade, encontradas em diferentes documentos e compartilhadas por profissionais de diferentes áreas de atuação”, reitera Marcele.
É um convite para que a sociedade brasileira repactue seu entendimento sobre o que é democracia e se una para garantir direitos a todas e todos, indiscriminadamente. Para isto é fundamental um debate profundo sobre Segurança Pública, Educação, integração de políticas públicas para combater racismo, misoginia, capacitismo e todas as outras formas de preconceito e ódio contra grupos e populações minorizadas.