13/10/2021
Conspirar pela transformação da educação pública brasileira. Esse é o objetivo do grupo Românticos Conspiradores, que desde 2008 vem promovendo encontros nacionais para construir e ampliar uma rede de educadores mobilizados em torno da superação dos paradigmas educacionais vigentes.
Esta força-tarefa ganha novo fôlego de 15 a 17 de outubro de 2021, quando acontece o 10º Encontro Nacional dos Românticos Conspiradores (Enarc), no Rio de Janeiro, em formato híbrido, isto é, contemplando interações virtuais e presenciais. A programação do evento traz oficinas, rodas de conversa e apresentações culturais e pode ser conferida na íntegra aqui.
“Um dos objetivos do evento é continuar conquistando românticos que estão isolados, educadores inquietos que querem sair dessa cristalização e estão procurando caminhos para esta transformação e incorporá-los ao nosso movimento”, explica Mauro Rego, um dos idealizadores do evento.
Valéria Rôças, também à frente da organização do encontro, destaca ainda que sua concepção procura extrapolar o conceito do que é ser educador. “A ideia é trazer também para a participação as famílias, os representantes das comunidades, os ex-alunos”, explica. “Quando começamos a desenhar o encontro, consideramos esse momento que estamos vivendo para entender em que medida a pandemia pode ter contribuído para a transformação da educação. Neste sentido, um diretor vai contar, por exemplo, como mudou sua relação com as famílias e ressignificou os círculos de vizinhança.”
Outro destaque da programação é o painel “A cidade: onde é possível a autoeducação da sociedade”, que acontece no dia 15/10 e que, além da programação do 10º Encontro Nacional dos Românticos Conspiradores, integra o Circuito Urbano do Onu-Habitat Brasil, que reconhece iniciativas, ações e projetos que valorizam e implementam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nas cidades.
“Esses encontros são como uma passagem de tocha. A ideia é que eles continuem sempre acontecendo em lugares diferentes. Queremos também resgastar românticos que já estiveram mais próximos do movimento, recuperar esses laços, além de dar voz aos estudantes, que nem sempre são ouvidos”, acrescenta Mauro.