23/02/2021
De 23 a 25 de fevereiro, acontece a “Semana Pororocas – Paulo Freire: as utopias e distopias em transformação”. O evento gratuito e online irá celebrar o centenário do grande educador brasileiro por meio de três conversas com duração de 1h30, sempre às 19h.
A Semana Pororocas busca a confluência e os contrastes a partir dos acontecimentos do cotidiano, além de romper segmentações e reconhecer complexidades para sair do nicho conhecido. Nesta 5ª edição, irá abordar os ecos de Paulo Freire no contexto de hoje. A transmissão será feita pelo canal do Youtube do Binah.
Dia 1 – 23/02/2021 – terça-feira às 19h
O Cotidiano na crise: Paulo Freire como inspiração. O que estamos inventando?
Apesar de todas as adversidades, educadores, artistas, médicos trabalharam muito durante todo esse período de pandemia. O que mudou? Quais foram os caminhos para realizar nossos propósitos numa situação tão exigente? Olhar para o nosso dia a dia com lentes de pandemia nos fez perceber que há muito o que transformar –as discrepâncias sociais, um regime político que não considera as necessidades singulares de cada brasileiro, a destruição ininterrupta do meio ambiente, a urgência de nos organizarmos enquanto sociedade civil construindo um movimento intersetorial que dê conta da crise que estamos vivendo. Essa situação também nos fez entrar em contato com o que é essencial para a vida. Inspirados em Paulo Freire, nosso convite é que, pelo diálogo, nos localizemos em tudo que conseguimos inventar neste período.
Mesa 1
Com abertura de Lydia Hortellio
⁃ Introdução de Stela Barbieri (Gestora cultural) sobre Paulo Freire
⁃ Fernando Frochtengarten (biólogo e psicólogo) – EJA do Colegio Santa Cruz,
⁃ Marília De Santis (diretora de escola e coordenadora do Movimento Sol da Paz, de Heliópolis)
⁃ Julia Lima (curadora)
Dia 2 – 24/02/2021 – quarta-feira às 19h
Narrativas e diálogos: A visão de arte e cultura de Paulo Freire. Qual a força da palavra?
Para Paulo Freire, a palavra é a potência transformadora. Cultivou palavras “grávidas de mundo”, com o potencial de invenção de outras realidades. As palavras dos povos originários inauguraram uma relação com os fenômenos cheia de fabulação, mas também com sementes de ciência. Pelos olhos de Paulo Freire aprendemos a perceber as diferentes linguagens, a riqueza da expressão singular de um ser humano encarnado em sua existência – com suas ferramentas e problemas cotidianos – expressando toda a bagagem que seu ser carrega em palavras que trazem pra perto ações muito concretas. É na concretude do dia a dia que a vida se faz e a educação talvez precise estar mais próxima das existências do mundo e seus devaneios.
A ideia é que a leitura da palavra proporcione uma leitura crítica do mundo.
Mesa 2
– homenagem a Fernando Barbosa (Barbatuques) realizada por André Hosoi (músico)
Abertura realizada por Ladislau Dowbor (economista)
-Thaís Aparecida (Mediadora de leitura em Parelheiros)
Narração de histórias:
– Andi Rubinstein
– Cristiana Ceschi
– Nina B Lucato
– Urga Maira Cardoso
Dia 3 – 25/02/2021 – quinta-feira às 19h
Paulo Freire como holofote para esse momento. O que estamos aprendendo?
Aprender é revolucionário. Paulo Freire acreditava em uma educação emancipatória que permitisse que cada um fosse protagonista da sua própria história e aprendizagem. A educação só se constrói a partir de um lugar onde o educador e o educando estão aprendendo juntos. As pessoas já trazem com elas um saber – bagagens que podem ser problematizadas de maneira que ampliem o olhar para o vivido. O que estamos aprendendo com o que estamos vivendo? Como aprendemos com o outro? Pensando que o outro pode ser qualquer nação ou elemento da natureza. Aprender para Paulo Freire é uma atitude ativa – que não se acomoda.
Mesa 3
Homenagem a Fernando Barbosa com o grupo Barbatuques
Abertura: Sérgio Haddad (professor, pesquisador, ativista social)
⁃ Helena Singer (socióloga e educadora)
⁃ Paulo Lima ( Galo) (Entregadores antifascistas)
– Muna Zeyn (Assistente social e ativista)
– Gleyce Kelly Heitor (educadora e pesquisadora)