07/12/2018
Confira trecho da coluna assinada por Helena Singer, do grupo articulador do Movimento de Inovação na Educação, para a revista digital Nova Escola:
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“O crescimento dos discursos de ódio, da intolerância e mesmo da negação do diferente têm levado, em diversas partes do mundo, ao fortalecimento do obscurantismo político. Isso vem acontecendo, inclusive, entre populações bastante escolarizadas, o que nos obriga a refletir sobre o tipo de Educação que a escola oferece.
Em geral, os debates sobre esse assunto se centram nos conteúdos a serem ensinados. Os que buscam superar esse estado de coisas reivindicam que os currículos escolares tratem dos temas ligados à tolerância religiosa e à superação dos preconceitos e, sem dúvida, este aspecto tem sua importância. O obscurantismo cresce em relação direta à ignorância. É muito importante conhecer a história, principalmente as tragédias humanas, para que elas não se repitam. Todos os cidadãos precisam conhecer os conflitos que levaram à morte milhares de povos indígenas, os processos da escravidão, a ascensão do fascismo, o holocausto, as ditaduras, o aquecimento global, todos os temas, enfim, que grupos específicos tentam negar para poder repetir.
Mas, apenas ensinar esses conteúdos não é suficiente. Isso porque a democracia não é apenas uma escolha pragmática por certa forma de organizar a vida pública. A democracia é também valor e cultura. Valores e culturas são construídos nas práticas, nas experiências, nas relações.
As organizações educativas, entre as quais a escola é a mais importante, precisam se organizar inteiramente sob a égide da democracia. Isso se dá quando os ambientes acolhem a todos, favorecendo o diálogo, o convívio e a cooperação. A gestão se orienta pela transparência e participação efetivas de estudantes, educadores, funcionários e famílias, responsabilizando-se coletivamente por todos e pelo bem comum. Os métodos estimulam a participação, a criatividade e a colaboração na transformação positiva da sociedade. As relações se constroem sobre a base da confiança, da solidariedade e da colaboração” (…).
Leia a coluna completa em Nova Escola: