06/11/2018
Em quais aspectos a educação escolar indígena superou o caráter colonialista da escolarização?
Buscar respostas para esta pergunta é o objetivo do estudo Educação escolar indígena: inovação, participação docente e avaliação. O pesquisador responsável é Elie George Guimaraes Ghanem Junior.
Os casos avaliados são de experiências pioneiras de educação escolar indígena da região do alto rio Negro, no Amazonas.
Neste sentido, o estudo Educação escolar indígena: inovação, participação docente e avaliação adota como pressuposto que tal superação ocorreu, embora apresente significativas limitações.
As hipóteses com as quais a pesquisa trabalhará são:
a) os objetivos das escolas são conhecidos pelas comunidades e estabelecidos a partir de diálogos com estas. Dessa forma, há convergência entre os saberes estudados e as aspirações de futuro das comunidades;
b) as ofertas de educação superior disponíveis aos indígenas são pouco variadas. Em sua maioria, elas não contam com a sua participação na formulação e avaliação;
c) as formas oficiais de avaliação escolar impõem obstáculos aos aspectos inovadores (específicos e diferenciados) das escolas indígenas e desconsideram processos avaliativos próprios das comunidades.
O exame das hipóteses é feito pela análise dos processos escolares (incluindo a formação de professores indígenas) verificando que tipo de relação existe entre os saberes estudados e as aspirações de futuro comunitárias. As ofertas de educação superior são descritas quanto ao nível de participação de indígenas em sua formulação e avaliação.
Por fim, por meio da identificação de recomendações originadas entre várias categorias sociais participantes da pesquisa, são reunidos subsídios para a proposição de indicadores de avaliação educacional adequados à educação escolar indígena diferenciada.
(Documento em inglês)