05/09/2018

Escola fortalece aprendizagem de estudantes por meio das redes

“A educação e as escolas não conseguem subsistir se não houver troca. Por mais que a gente possa construir coisas muito legais, é na troca de experiências, é na interlocução, são nas vivências de espaços diferenciados que a gente vai conseguindo fazer outros olhares e ampliar as possibilidades que nós já temos ou então fazer mudanças de rotas”. É o que afirma Sônia Elizabeth Bier, gerente da área de Educação do Serviço Social da Indústria (Sesi) no Rio Grande do Sul, ao tratar da importância da inovação e das redes para garantia de uma educação de qualidade.

Atividade com alunos do Ensino Médio da escola Escola Sesi Eraldo Giacobbe

Alunos e educadores durante debate na Escola Sesi Eraldo Giacobbe. Crédito: Divulgação.

Sônia Elizabeth Bier está à frente da instituição desde 2013, dois anos antes de a Escola Sesi Eraldo Giacobbe, localizada em Pelotas (RS), ter sido destacada pelo Ministério da Educação como uma das iniciativas inovadoras na educação brasileira.

Redes Parceiras

Ao trabalhar com o Ensino Médio Integral focado em metodologias e práticas que desenvolvam projetos relacionados a temas da atualidade, à tecnologia, à ciência e à arte, a escola, segundo a gerente, tem conquistado bons resultados e reconhecimento principalmente pelo o trabalho articulado a redes.

“Em 2013 realizamos um diagnóstico da escola e, no ano seguinte, desenvolvemos um trabalho com os professores que estavam chegando, os alunos e a comunidade escolar no sentido de aprimorar nossas ações. Tem sido um processo constante que gerou uma série de articulações: as universidades, os consultores, a comunidade, os empresários. Todas as pessoas envolvidas com a comunidade começaram a trabalhar no processo de construção da escola”, explica.

Aprendizagem em redes

Tendo a contextualização e a interdisciplinaridade como princípios, a iniciativa desenvolve suas ações para que o estudante, ao longo dos três anos do Ensino Médio, possa descobrir, criar e inovar. “Nós partimos do princípio de que é muito importante conhecermos o contexto dos nossos alunos. Quando eles ingressam na escola, além de eles fazerem uma entrevista para identificarmos quais são seus sonhos e projetos, a gente olha também para o contexto social da qual ele pertence, a escola da qual fez parte”, conta Danielle Rockenback, coordenadora da área de Gestão de Aprendizagem da instituição.

“A gente sabe nunca está pronto, porém é importante que a gente saiba que outros também não estão prontos e que só conseguimos avançar em conjunto” (Sônia Elizabeth Bier)

Jovens do Ensino Médio desenvolvem atividade

Alunos do Ensino Médio durante atividade na Escola Sesi Eraldo Giacobbe. Crédito: Divulgação.

Dessa forma, além do planejamento de atividades a partir de situações-problema, solucionadas em equipe e da proposição de projetos, há momentos específicos para os “estudos de reconstrução”. Neles, por meio de um processo de avaliação contínua, são propostas atividades variadas, diferentes das apresentadas até o momento, considerando os vários níveis de aprendizagem dos estudantes.

“A escola faz uma interface e dialoga com as culturas juvenis. Tudo isso faz com que os jovens tenham um sentimento de pertencimento da escola, faz com que ele sinta que a escola é dele e feita para ele. Isso faz com que isso contribua muito para a sua aprendizagem”, explica Danielle.

Ainda que os estudantes tenham conquistado bons resultados em sua aprendizagem, Sônia afirma que o ensinar e aprender é um processo. “A gente sabe nunca está pronto, a gente sabe que nunca está pronto. Porém, é importante que a gente saiba que outros também não estão prontos e que só conseguimos avançar em conjunto, não em busca de um ponto final, mas de uma crescente de transformação”, afirma.

Vídeo – Escola Sesi Eraldo

Conheça um pouco mais sobre o trabalho da escola na reportagem feita pela TV Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul.

 

No movimento e em movimento

A iniciativa também é uma das mais de cem que integram a rede do Movimento de Inovação na Educação. “Estamos no Movimento porque entendemos que ele é de uma assertividade tão importante que é o de poder colocar todo mundo em articulação com as redes. Mas, colocar todo mundo em rede não significa apenas se conhecer, é preciso se movimentar, andar junto, tem que se transformar”, ela diz.

Para ela, é preciso que cada iniciativa, cada educador que esteja no movimento se deixe tocar pelas múltiplas experiências e, a partir disso, redesenhe suas propostas, dialogue. “Não é só conhecer para comparar: ‘ah, isso eu faço, aquilo eu não faço’. Mas é conhecer e ver o que determinada experiência diz de mim, do que eu faço, e como eu posso crescer com isso, como eu ajudo o outro. O movimento é o movimento de estar pensando, colaborando e crescendo juntos”.

Atualmente, o Movimento de Inovação na Educação possui mais de cem iniciativas, sendo escolas e organizações sociais educativas, que transformam a educação por meio de metodologias e práticas inovadoras. Conheça cada uma dessas iniciativas. 

*fonte: Plataforma Movimento de Inovação na Educação

As plataformas da Cidade Escola Aprendiz utilizam cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para recomendar conteúdo e publicidade.
Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.